LEITURA E ANÁLISE DE DOIS TRABALHOS PREMIADOS NA BIENAL JOSÉ MIGUEL AROZTEGUI
CASTRO, Daiane
Henrique de[1]
JORGE, Izabela[2]
LUCAS, Bárbara
Stefanni Santana[3]
SILVA, Pamela
Sousa[4]
ZAMBRANO, Vanessa[5]
Resumo
Solicitados pela Professora
Arquiteta Flávia Nogueira iniciamos uma busca por um projeto premiado da Bienal
José Miguel Aroztegui[6] para realizar uma análise
e comparação entre os projetos. A escolha baseou-se em trabalhos relacionados a
habitação multifamiliar para que assim, pudéssemos estabelecer uma conexão
entre os trabalhos e aprofundar conhecimentos sobre o tema. Por fim, os
trabalhos selecionados foram: “Edifício Cobogó” da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas – Brasil e “Ensaio para uma
intervenção urbana bioclimática” do Curso de Arquitetura e Urbanismo,
Universidade Federal de Santa Catarina – Brasil.
Palavras-chave: Bienal Aroztegui, Trabalhos
premiados, Análise de conforto, Arquitetura bioclimática, concurso estudantil.
Abstract
Asked by Professor Architect Flávia
Nogueira We started a search for an award-winning project of the Biennial José
Miguel Aroztegui to perform an analysis and comparison between the projects.
The Choice was based on works related to multifamily housing so that we could
establish a connection between the works and deepen knowledge on the subject. Finally,
the selected works were: "Cobogó Building" of the Faculty of
Architecture and Urbanism, Universidade Federal de Alagoas – Brazil and
"Essay for a bioclimatic urban intervention" of the Course of
Architecture and Urbanism, Universidade Federal de Santa Catarina – Brazil.
Key
words: Biennial
Aroztegui, Award-winning Works, Comfort Analysis, bioclimatic Architecture,
student competition.
Introdução
Os trabalhos escolhidos para a
análise provêm de duas zonas bioclimáticas distintas do Brasil, uma na região
sul e outra na região nordeste, são eles:
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Menção Honrosa
Instituição: Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas – Brasil
Título: “Edifício Cobogó”
Autores: Norlan Dowell Vale de Brito, Thiago Ferreira Lucas Barbosa
Professor Orientador: Leonardo Salazar Bittencourt
Colaboradores: Fernando Antônio de Melo Sá Cavalcanti, José Thadeu Maciel Marques Luz Filho.
Título: “Edifício Cobogó”
Autores: Norlan Dowell Vale de Brito, Thiago Ferreira Lucas Barbosa
Professor Orientador: Leonardo Salazar Bittencourt
Colaboradores: Fernando Antônio de Melo Sá Cavalcanti, José Thadeu Maciel Marques Luz Filho.
Figura 1 PRANCHA 1 PROJETO COBOGÓ.
Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 2-PRANCHA2 PROJETO COBOGÓ.
Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 3 PRANCHA3 PROJETO COBOGÓ.
Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 4 PRANCHA4 PROJETO COBOGÓ.
Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Menção Honrosa
Instituição:
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina –
Brasil
Título:
“Ensaio para uma intervenção urbana bioclimática”
Autores:
Benhur Antonio Basso, Maina Parada Pavoni, Roberta da Silveira Ghizoni
Figura 5 PRANCHA1 PROJETO “Ensaio para
uma intervenção urbana bioclimática”. Fonte:
http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 6 PRANCHA2 PROJETO “Ensaio para
uma intervenção urbana bioclimática”. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 7 PRANCHA3 PROJETO “Ensaio para
uma intervenção urbana bioclimática”. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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Figura 8 PRANCHA4 PROJETO “Ensaio para
uma intervenção urbana bioclimática”. Fonte: http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/
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1 Métodos
Foi analisado cada projeto
individualmente para que fosse possível cruzar os dados com a NBR 15220-3; que
se refere a conforto térmico e assim identificar três estratégias utilizadas
para a realização do projeto. Após isso foi feito uma correlação dos projetos
para conseguir entender quão diferentes são as estratégias empregadas em
diferentes locais do país.
2 Resultados
Quanto ao
projeto Cobogó, a primeira estratégia Bioclimática foi a obtenção de fenestração
na porção superior das paredes internas, com intuito de auxiliar na circulação
e renovação do ar, pois trata-se de uma região quente e úmida.
A segunda estratégica Bioclimática adotada foi
o próprio formato da edificação, pois assim como seu nome intitulado, o design
em formato de cobogó possibilita a passagem de corrente de ar através dos
vazados da construção, fazendo com que o impacto sobre a ventilação do tecido
urbano seja menor.
A terceira estratégia foi adotar elementos que
obtivessem a renovação da qualidade do ar e projeções de sombras, para isso
foram adquiridas aberturas voltadas para o leste/oeste que se encontram
posicionas acima das varandas proporcionando sombreamentos e/ou circulações que
têm efeito de grandes brises horizontais.
Vale
ressaltar a proteção solar, pois obtém conforto por meios passivos, reduzindo a
necessidade de meios artificiais. Possibilita a passagem dos ventos através da
sua massa construída diminuindo o impacto da edificação. Para isso foram feitos
estudos da direção dos ventos para sentido sudoeste, e verificou-se a
ventilação cruzada que os cobogós causariam, trariam o objetivo desejado.
Justificativa
NBR 15220/2013:
A NBR
15220/2013 aponta que as diretrizes construtivas da Zona Bioclimática 8 se
devem a obtenção de ventilação cruzada permanente, inscrita na tabela 24, com
isso foram utilizados rasgos internos e abertura nas fachadas paralelas, além
de cobertura isolada e parede leve refletora conforme as Tabelas 22 e 23 da
diretriz 6.8, proporcionando assim toda a projeção do edifício. Também faz uso
da tabela 25 - Detalhamento das estratégias de condicionamento térmico G e H
que diz que em regiões quentes e secas, a sensação térmica no período de verão
pode ser amenizada através da evaporação da água. O resfriamento evaporativo
pode ser obtido através do uso de vegetação, fontes de água ou outros recursos
que permitam a evaporação da água diretamente no ambiente que se deseja
resfriar.
A análise
do projeto Ensaio para uma
intervenção urbana bioclimática, a primeira estratégia foi a adaptação da
estrutura verde e por possuir uma maior área, o prédio em fita fica sobre
pilotis, podendo assim manter as áreas permeáveis, preservando os mananciais e
trazendo o resfriamento interno e externo.
A segunda estratégia foi optar por ventilação
cruzada por meio dos acessos e distribuições de cada ambiente, afim de que
ocorra uma ampla ventilação em todos os ambientes.
A terceira estratégia foi pensada para que as
aberturas viabilizassem uma grande admissão do sol, posicionando-as amplamente
para a posição norte/nordeste, garantindo assim um sombreamento no verão e bem
vedadas durante o inverno.
Observou-se
também que o edifício em Torre apresenta andares-jardim em sua verticalidade, a
fim de proporcionar uma maior circulação de ar no átrio central da edificação,
facilitar entradas de luz e criar uma maior prioridade para a cidade.
Justificativa
NBR 15220/2013:
A NBR
15220/2013 de Zona Bioclimática 3, apresenta normas conforme a tabela 7, a
respeito de sombreamento de aberturas e aberturas para ventilação utilizadas no
projeto. Em sua diretriz 6.3 na tabela 9 exige no verão ventilação cruzada, na
qual se fez uso a todos os momentos, com fachadas e organização dos ambientes
bem posicionados a favor do vento predominante, com o clima de Florianópolis a
ventilação é parte essencial.
Considerações Finais
Foi possivel observar nessa análise
que mesmo estando no mesmo país , com clima tropical temos uma diversidade de
tipologias climáticas. As zonas bioclimáticas se diferenciam de região para
região. Como explanado pela Prof. Arq. Flávia previamente não seria possível um
mesmo projeto litorâneo em zonas bioclimáticas diferenciadas.
De acordo com Romero (2000), o
estudo do clima vale-se de formação resultante de diversos fatores
geomorfológicos e espaciais. Os fatores bioclimáticos locais como topografia,
vegetação, superfície do solo, devem ser exaustivamente analisados para que o
projeto seja satisfatoriamente confortável quanto a climatização.
Os projetos analisados apresentaram
soluções interessantes para cada região em que estão inseridos, levando em
conta ventilação cruzada, posicionamento no terreno, incidência solar,
vegetação e assim um projeto arquitetônico que se valesse do entorno. O estilo
do projeto de Maceió por exemplo, valeu-se da ventilação natural que é
conhecidamente uma característica da região ao qual está inserido, enquanto o
projeto de Florianópolis levou em conta um fator importante para o local, a
incidência solar. Enquanto no nordeste do Brasil o sol se apresenta durante
todo o ano, na região sul o inverno se apresenta de uma forma mais imponente. A
posição do edificio, o uso de brises foi de extrema importância para o
desenvolvimento do projeto.
A iluminação natural foi amplamente
debatida em ambos projetos, a partir de cores e fenestrações ambos projetos
apresentaram uma solução inteligente.
Referência Bibliográfica
ROMERO,
Marta Adriana Bustos. Princípios Bioclimáticos para o desenho urbano. CopyMarket.com,
2000
ABNT-NBR 15220/2013 Desempenho térmico de edificações 2003,
PROJETOS
PREMIADOS BIENAL JOSÉ MIGUEL AROZTEGUI ,Disponivel em: <http://bienalaroztegui.arq.ufsc.br/trabalhos-premiados/.
> Acesso em 01/01/2018
[1] Acadêmica
do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi SP, RA:
20880532. Email daiane_chs@hotmail.com . Sob a orientação da Profª Arq.
Flavia Elaine Aliotti Rodrigues Nogueira na disciplina “Conforto Térmico”.
[2] Acadêmica
do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi SP, RA:
9101974. Email. Iza.jorg@gmail.com .Sob
a orientação da Profª Arq. Flavia Elaine Aliotti Rodrigues Nogueira na
disciplina “Conforto Térmico”.
[3] Acadêmica
do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi SP, RA:
20238783. Email babi.stefanni@gmail.com . Sob a orientação da Profª Arq. Flavia Elaine Aliotti Rodrigues Nogueira
na disciplina “Conforto Térmico”.
[4] Acadêmica
do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi SP, RA:
20907884. Email pamelaba019@gmail.com . Sob a orientação da Profª Arq. Flavia Elaine Aliotti Rodrigues Nogueira
na disciplina “Conforto Térmico”.
[5] Acadêmica
do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi SP,RA:
20986400 Email vanessa_zam@hotmail.com.
Sob a orientação da Profª Arq. Flavia
Elaine Aliotti Rodrigues Nogueira na disciplina “Conforto Térmico”.
[6]
Bienal de concurso estudantil Ibero-americano de Arquitetura Bioclimática.
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