ESTUDO SOBRE O TEXTO: O MODELO FÍSICO AJUSTÁVEL PARA A IDENTIFICAÇÃO DAS PRIORIDADES DOS USUARIOS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.



CASTRO, Daiane C.[1]

Modelo de Maquete Topográfica-Acervo Próprio



Partindo da leitura do texto em questão é possível observar que Zalite[2] e Imai[3] tratam de habitações de interesses sociais  e é conhecido que em todas as esferas esse é um assunto constante nos estudos de cidade e arquitetura. A demanda sempre crescente no Brasil dá-se por diversos fatores, no entanto o fator cultural é sem duvida o que se destaca nesse ranking.

A sempre crescente indústria das habitações populares infelizmente não ocorre levando em consideração o homem como parâmetro como exige a arquitetura, são construídas em larga escala sem o respeito pela individualidade do futuro morador. Dado essa verdade, foi elaborado uma pesquisa para compor uma forma de adequar e consecutivamente humanizar esses projetos.

Iniciando a pesquisa foram apresentadas plantas de diversos apartamentos que os entrevistados deveriam escolher a tipologia que mais lhes agradava, levando em consideração suas necessidades, gostos dos moradores entre outros. Logo após a escolha eram apresentados os modelos tridimensionais físicos (maquetes) que sempre levam vantagem quando apresentados a pessoas sem qualquer conhecimento prévio em projeto pois oferece a possibilidade de manipulação, observar a forma com que os volumes se comportam de uma forma mais realista apesar da escala. Nesse momento os entrevistados desfrutaram da possibilidade de gerenciar os espaços do projeto movimentando as paredes de divisão de cômodos, aberturas e vãos para que atendesse de melhor maneira suas necessidades. Ali, nesse momento foi possível tomar decisões importantes para o projeto que contemplaram desde a disposição interna como também a estética e formas das fachadas, esse ultimo por sua vez trazendo personalidade e individualidade para cada projeto.

Obviamente essa foi a melhor escolha para o desenvolvimento de um projeto participativo entre quem projeta e quem fará o uso, a partir desse momento o objeto se tornou concreto de uma forma holística na mente dos entrevistados, a visão espacial possibilita uma melhor compreensão do espaço e otimização de seu uso.

Quando Zalite (2017) cita SCHON, 2000; FLORIO; TAGLIARI, 2011 é possível definir certamente o quanto é importante essa fase.

Os modelos tridimensionais foram muito utilizados no decorrer da história como forma de apresentação e comunicação. Eles explicitam de maneira mais compreensível, comparando as peças gráficas bidimensionais, as ideias dos projetistas para outros envolvidos no processo do projeto, inclusive auxiliando o criador a refletir sobre suas próprias ideias para obtenção de novas soluções (SCHON, 2000; FLORIO; TAGLIARI, 2011).

Por fim, o estudo feito pode demonstrar a vantagem que a maquete física apresenta sobre as outras representações levando em conta que esta torna-se de melhor compreensão para o público leigo, favorece a apresentação do projeto pelo arquiteto e facilita exponencialmente a manipulação e possíveis alterações do projeto de uma forma por vezes lúdica. O uso dessa dinâmica comprova que a habitação social não precisa ser essa sequência de replicações do mesmo projeto, que é possível sim construir habitações de interesse social levando em conta a individualidade de cada cidadão. A arquitetura precisa sempre levar em conta o homem como unidade de medida e as necessidades específicas de cada um. 

 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ZALITE, Marcela Gomes de Albuquerque; IMAI, César. O modelo físico ajustável para a identificação das prioridades dos usuários de habitação de interesse social. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 8, n. 1, p. 20-31, mar. 2017. ISSN 1980-6809. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8649670>. Acesso em: 030 abr. 2018.



[1] Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi, RA:20880532, 3 N03B VON. Orientada pelo professor Glauco rocha na Disciplina Desenho Digital. Email daiane_chs@hotmail.com CEP 08250-650 São Paulo - SP
[2] ZALITE, Marcela Gomes de Albuquerque possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Filadélfia (1998). Especialização em Arquitetura de Interiores pelo Centro Universitário Filadélfia (2000). Mestrado em Metodologia de Projeto pela Universidade Estadual de Londrina.
[3] IMAI, César é Professor Associado da Universidade Estadual de Londrina no curso de Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-Graduação em Metodologia de Projeto em Arquitetura e Urbanismo. Coordenador do Programa de Pós-Graduação na Universidade Estadual de Londrina (2016-2017). Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina (1992), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2001) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2007).

Comentários

Postagens mais visitadas