UM PASSEIO PELO ACOLHEDOR CONJUNTO NACIONAL


Conjunto Nacional


Dia 26/02/2018 estava uma chuva imensa em São Paulo. Não é preciso morar aqui para saber o que isso significa: Caos! Muito trânsito, pontos de alagamento e todo o mais que São Paulo tem a oferecer. Mas quem decidiu morar aqui e aproveitar tudo o que essa metrópole tem a oferecer sabe que existem ônus.

Acesso pela Rua Padre João Manoel 

Mas nada disso impede as pessoas de seguirem suas vidas e suas rotinas, eu não fujo a regra e encarei de novo a Avenida Paulista para falar um pouquinho de um prédio muito especial que existe ali: CONJUNTO NACIONAL.


Torre de Elevadores com Rampa 

Localizado na Av. Paulista, 2073 - Consolação, São Paulo, próximo ao metrô Consolação, ocupada totalmente a quadra que se limita nas ruas: Augusta, Alameda Santos, Padre João Manuel e Av. Paulista. Possui uma lâmina horizontal onde se localizam os comércios e serviços e a lâmina vertical que abriga apartamentos e escritórios.

Rampa que dá acesso ao estacionamento com obra de Nido Campolongo
Impossível gostar de arquitetura e não conhecer essa obra marcante na história de São Paulo. O Conjunto Nacional é uma obra de David Libeskind e foi um dos primeiros edifícios modernos da cidade.

"Ruas" no interior do Conjunto Nacional

Os projetos de Niemeyer inspiraram Libeskind a estudar arquitetura, principalmente por conta do conjunto da Pampulha. As obras dos edifícios Copan em São Paulo e Juscelino Kubitschek em Brasília foram precursores das soluções adotadas no conjunto nacional. O edifício abre-se para a cidade possui equipamentos para uso coletivo, área comercial, cultural, serviços e ainda possui as áreas residenciais, um lugar multiuso que possui a heterogeneidade de programas das unidades de habitação de Le Corbusier, mas mesmo assim compreende a necessidade da cidade e faz com que a construção converse com o todo, que as pessoas se apropriem do espaço, que o interior seja uma continuação das calçadas da cidade. 

Esculturas de Dom Quixote, Sancho Pança e Cavalo Rocinante feitas com material reciclável.

Mas certamente não adianta falarmos somente de uma questão técnica, o Conjunto Nacional vai muito além disso. Quando chegamos naquele espaço conseguimos sentir que fazemos parte de um todo, que a cidade se adentra na construção e essa por sua vez abraça quem por ali passa. Seu projeto que o coloca ocupando uma quadra completa proporciona que a travessia de uma rua a outra seja feita através dele fazendo com que observemos vitrines e obras de arte e até um teatro enquanto caminhamos. Também podemos parar em uma farmácia ou ver o que está em cartaz no cinema que ali existe ou talvez ir ao mercado que estão logo ali a disposição de quem mora no prédio ou atravessa com pressa a cidade.

Entrada do cine Arte 


Posso dizer de lojas, alimentação, papelaria, academia, lotérica e muitos outros lugares que se abrigam no Conjunto Nacional, mas nenhum é mais conhecido e amado que a Livraria Cultura que encontramos ali. Um lugar amplo, com incontáveis livros de todos os gêneros possíveis, um lugar que convida a gente a se sentar nas poltronas ou até mesmo no carpete do chão e se jogar em uma historia de um livro qualquer. Lugar amado pelos adultos, idosos e com certeza crianças. Seus diversos níveis no piso formam um caminhar gostoso como se a gente estivesse em um parque e suas estantes fossem as árvores no caminho... Toda em tom de madeira clara e uma iluminação agradabilíssima a livraria tem um charme único.

Passeio mais que obrigatório na Paulista.

Livraria Cultura

Sobre a Arquitetura: Arch daily
Sobre a obra Dom Quixote e Sancho Pança: Dom Quixote
Para saber mais: Arquivo Arq
Sobre a obra Instalação EspiralNido campolongo

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